SAÚDE DA CRIANÇA - Teste do Pezinho ampliado identifica primeiro caso de AME

Desde o dia 30 de janeiro, o Programa de Triagem Neonatal (PTN), conhecido como o teste do pezinho, ampliou o número de doenças diagnosticadas e, consequentemente, tratadas ou acompanhadas. Além das outras 12 doenças já triadas, também estão sendo testadas para a AME, a Imunodeficiência Combinada Grave (Scid) e a Agamaglobulinemia (Agama). 

No início de fevereiro, o teste do Pezinho ampliado identificou o primeiro caso de Atrofia Muscular Espinhal, doença identificada em um bebê de Divinópolis.

As três doenças incluídas em janeiro são consideradas graves, podem ser hereditárias ou causadas por alterações genéticas, e dificilmente possuem sintomas na fase natal. Se corretamente diagnosticadas e tratadas nos primeiros dias de vida da criança, a recuperação é certamente efetiva. O tratamento iniciado antes da ocorrência de sintomas da doença aumenta as chances de um desenvolvimento típico e sem sequelas.

“Minas Gerais está sendo um grande exemplo para o Brasil no tratamento das pessoas com doenças raras. Não apenas identificamos, mas iniciamos imediatamente o tratamento e acompanhamento das nossas crianças. Estamos muito felizes que, logo no primeiro dia desta última ampliação, identificamos um bebê com AME e o tratamento já foi iniciado. Isso vai mudar tudo em sua vida, pois, do contrário, não apenas as sequelas, mas o risco de morte seria muito alto. Essa criança vai poder levar vida habitual como qualquer outra que não tem essa doença rara”, comemora o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.

O teste do pezinho é feito a partir do sangue coletado do calcanhar do bebê por meio de uma punção local. O indicado é que o material seja colhido entre o 3º e o 5º dia de vida, quando a criança nasce com nove meses (bebê a termo). Quando o bebê é prematuro, são necessárias três amostras para o teste, colhidas no 5º dia de vida, no 10º dia e 30º dia.