Saúde adota esquema de dose única contra o HPV
A partir de agora, a vacinação contra o HPV será feita em dose única. O anúncio foi feito pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, no início do mês de abril. Até então, o esquema de vacinação era realizado em duas doses para combater a infecção.
“Uma só vacina vai nos proteger a vida toda contra vários tipos de doença e de câncer causados pelo HPV, como o câncer de colo de útero. Não vamos deixar que crianças e jovens corram esse risco quando crescerem”, escreveu a ministra em seu perfil na rede social X, antigo Twitter.
Durante o anúncio, a ministra da Saúde solicitou que estados e municípios façam uma busca ativa por jovens com até 19 anos que não receberam nenhuma dose da vacina. Segundo ela, em 2023, foram aplicadas 5,6 milhões de doses do imunizante, representando um aumento de 42% no número de doses aplicadas em relação a 2022.
A dose é indicada para meninos e meninas de 9 a 14 anos; vítimas de abuso sexual de 15 a 45 anos (homens e mulheres) que não tenham sido imunizadas previamente; pessoas que vivem com HIV; transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea; e pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos.
Em março, o Ministério da Saúde incorporou ao Sistema Único de Saúde (SUS) um teste para detecção de HPV em mulheres classificado pela própria pasta como inovador. A tecnologia utiliza testagem molecular para a detecção do vírus e o rastreamento do câncer do colo do útero, além de permitir que a testagem seja feita apenas de cinco em cinco anos, diferente do exame antes utilizado, o Papanicolau, que precisa ser realizada a cada três anos.
O HPV é considerado atualmente a infecção sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo e o principal causador do câncer de colo de útero, considerado o quarto tipo de câncer mais comum e a quarta causa de morte por câncer em mulheres. A estimativa do ministério é que cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com a doença no Brasil todos os anos.