Decretado o fim da emergência de saúde pública

Apesar do anúncio realizado pela OMS, o coronavírus ainda não acabou e população deve completar ciclo de vacinação

Decretado o fim da emergência de saúde pública
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Após mais de três anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou o fim da emergência de saúde pública da Covid-19. O anúncio foi realizado na sexta-feira, 5 de maio, e acompanha a recomendação do Comitê de Emergência, que destaca o declínio de mortes, hospitalizações e internações por Covid-19.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, explicou que essa decisão tem como base o acompanhamento do cenário epidemiológico da doença. “Por mais de um ano, a pandemia está em tendência de queda, com aumento da imunidade da população por vacinação e infecção, diminuição da mortalidade e diminuição da pressão sobre os sistemas de saúde. Essa tendência permitiu que a maioria dos países voltasse à vida como a conhecíamos antes da Covid-19”, afirmou Adhanom.

No entanto o fim da emergência de saúde pública não significa o fim da pandemia da Covid-19. É apenas um passo para que, futuramente, seja declarado o seu fim. No momento, conforme a OMS, o vírus se classifica como um “problema de saúde estabelecido e contínuo”.

Diante disso, a vacinação tem papel determinante e a imunização precisa ser mantida e ampliada, contemplando todos os grupos, principalmente nos grupos de maior risco. 

De acordo com a integrante do comitê estratégico de especialistas em vacinação da OMS, a professora da Universidade Federal de Goiás Cristiana Toscano, é necessário garantir a vacinação, incluindo as doses de reforço.

“Com a variante Ômicron e suas subvariantes derivadas, a gente precisa de três doses, pelo menos, para ter a proteção contra a doença grave e morte. E, nos grupos de maior risco, a gente precisa de reforços periódicos, conforme as orientações específicas para cada grupo”, afirma ela.

Bivalente

Até o dia 5 de maio, o Ministério da Saúde contabilizou cerca de 13,5 milhões de pessoas imunizadas com a vacina bivalente, que promove a proteção contra as novas variantes do coronavírus.

Em Itatiaiuçu, conforme dados do portal do Departamento de Avaliação e Disseminação de Informações Estratégicas em Saúde (DEMAS), cerca de 506 doses da bivalente foram aplicadas, o que representa 17,84% da cobertura vacinal no município.

Como já anunciado pela FOLHA, o imunizante da Pfizer, que protege contra a variante Ômicron, foi disponibilizado para maiores de 18 anos e está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde. Quem ainda não completou o ciclo vacinal e está com alguma dose em atraso também deve procurar a Unidade mais próxima. (Com informações da Agência Brasil)