DESTAQUE NA SAÚDE - Vacinas da UFMG disputam Prêmio Euro Inovação

Calixcoca, contra a dependência química, e SpiN-TEC, contra a Covid-19, estão entre os 12 projetos que disputam os 500 mil euros de premiação

DESTAQUE NA SAÚDE - Vacinas da UFMG disputam Prêmio Euro Inovação
Imagem: Faculdade de Medicina da UFMG e CTVacinas/UFMG


Duas vacinas produzidas por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) estão concorrendo ao Prêmio Euro Inovação na Saúde, iniciativa que reconhece inovações da área médica e incentiva o desenvolvimento de soluções.

A Calixcoca, vacina terapêutica contra a dependência química (vencedora na categoria Inovação tecnológica aplicada à saúde), e a SpiN-TEC, imunizante que previne a Covid-19 (vencedora na categoria Inovação em terapias), estão entre as vencedoras da primeira etapa da premiação e já garantiram um prêmio de 50 mil euros. Agora, a disputa é com outros 10 projetos selecionados na categoria “Destaque”, que concede um prêmio no valor de 500 mil euros.

Conforme divulgado, a votação é on-line e exige registro em conselho de medicina em um dos países com participação da farmacêutica financiadora da premiação. A votação acontece até o dia 3 de setembro.

Contra as drogas

A Calixcoca é uma vacina terapêutica para o tratamento da dependência em cocaína e crack, coordenada pelo professor Frederico Duarte Garcia, do Departamento de Saúde Mental da Faculdade de Medicina. A equipe busca financiamento para avançar à etapa de testes em humanos.

A vacina possibilita que os pacientes com dependência possam se reinserir socialmente. “Esse é um problema prevalente, vulnerabilizante e sem tratamento específico. Os nossos estudos pré-clínicos comprovam a segurança e eficácia do imunizante nessa aplicação. Ela aporta uma solução que propicia aos pacientes com dependência voltar a realizar seus sonhos”, explica o professor.

Contra a Covid-19

A Spin-TEC é uma das poucas vacinas em desenvolvimento contra a covid-19 que estimula a imunidade celular, propiciando uma proteção mais duradoura contra as partes do vírus que não variam muito. O projeto é coordenado pelo professor Helton Santiago, do Departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB).

“Nossa presença na fase final da premiação é muito importante porque significa o reconhecimento de uma grande equipe de trabalho multiprofissional e transdisciplinar. Concebemos uma vacina desde o seu conceito molecular e imunológico, buscando uma estratégia pouco visada pela indústria farmacêutica, que é a de induzir a imunidade celular. Essa estratégia tem a vantagem de ajudar na defesa contra todas as variantes do vírus”, afirma Santiago. (Com informações da Assessoria da UFMG)