DENÚNCIA RECORRENTE - Moradores voltam a reclamar de poluição

Siderurgia São Jorge explica que situação é pontual, com duração curta, e reafirma que operação está em conformidade com a legislação e licenciamento ambiental



Moradores de Itatiaiuçu que residem próximo à Siderurgia São Jorge, nos bairros Castelo Branco e Robert Kennedy, continuam indignados com a poluição e o excesso de partículas liberadas no ar pelas chaminés da empresa. As reclamações têm sido recorrentes não só à reportagem da FOLHA, mas também nas redes sociais da população, que expõe e questiona o caso à empresa responsável. 

Nesta semana, a população se revoltou mais uma vez com a situação e foi atrás da administração municipal para cobrar providências. A queixa é sobre o excesso de pó que está ficando dentro das casas, prejudicando a qualidade de vida da população do entorno, como a limpeza e higiene do local e saúde da comunidade. A principal exigência é que seja realizado uma medição do nível de partículas na atmosfera e enviado para as autoridades públicas para que seja realizada uma apuração e que a situação se resolva.

A situação foi pauta ainda da última reunião da Câmara, realizada na quarta-feira, 24, em que alguns vereadores destacaram o descontentamento da população e apontaram a necessidade de controlar a diminuição de poluentes. Foi ressaltado o papel da empresa na economia do município, mas também a importância de resolver a queixa dos moradores da região.

Procurada pela reportagem, a Siderurgia explicou que a situação é pontual, com duração de cerca de 3 minutos e comparou com uma “válvula de panela de pressão”. Em casos assim, a empresa afirma que é realizada a lavagem dos telhados e vias de circulação da empresa para evitar que o pó vá até as residências próximas. Além disso, a empresa destacou que há uma equipe de controle e gerenciamento e que todas as atividades estão dentro da legislação, possibilitando sua operação. A empresa afirma que não há problemas com os filtros da usina e que não foram identificadas necessidades de ajustes nos equipamentos, ressaltando, mais uma vez, que todos os processos são realizados de acordo com o licenciamento ambiental e em conformidade com as exigências. 

Em comunicado oficial em uma “carta aberta aos moradores” (Veja página 8), a São Jorge informou os cuidados que são realizados constantemente e se comprometeu a implantar horímetros nos filtros para verificar o desempenho da operação. Por fim, a empresa destacou que foi realizado um estudo de dispersão atmosférica à Gerência de Qualidade do Ar da SUPRAM Central, solicitada pelo órgão, onde serão definidos os parâmetros, a frequência e os locais de monitoramento da qualidade do ar na região. “Reafirmamos nosso compromisso com a legalidade, a segurança e o respeito à população local. Estamos empenhados em garantir uma operação responsável e sustentável, contribuindo para o desenvolvimento da região e preservando o meio ambiente”, finaliza.