Cobertura vacinal em crianças abaixo de 10%

Com o aumento de casos de Covid-19, órgãos de saúde têm alertado para a baixa cobertura vacinal, principalmente entre crianças e adolescentes. Conforme estudo divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na última segunda-feira, 11, a cobertura vacinal entre crianças e adolescentes contra Covid-19 continuava baixa no Brasil. 

A cobertura entre crianças de 3 a 4 anos está em 23% para duas doses e 7% para o esquema vacinal completo, com três doses. Além disso, entre as que têm entre 5 e 11 anos, a cobertura está em 55,9% com duas doses e 12,8% em relação ao esquema vacinal completo.   

Em Itatiaiuçu, de acordo com os números atualizados do Departamento de Monitoramento, Avaliação e Disseminação de Informações Estratégicas em Saúde (DEMAS), a cobertura também está baixa entre a população de 6 meses a 5 anos. Apenas 17,3% das crianças entre 6 meses e 2 anos receberam as duas doses da vacina indicada, a Pfizer Baby, e apenas 5,8% retornaram para tomar a terceira dose. Entre crianças de 3 a 4 anos, 38,8% tomaram as 2 doses e apenas 3,4% voltaram para tomar a terceira. Entre crianças de 5 a 11 anos a imunização foi maior, alcançando 75,3% com as duas doses, porém apenas 10,5% receberam a terceira.

Apesar do estudo ter evidenciado a vacinação entre crianças, os dados mostram que adultos maiores de 18 anos também não retornaram aos postos de saúde para receber a terceira dose. Enquanto a cobertura das duas primeiras doses ultrapassou os 95%, a imunização com a terceira dose não alcançou nem 70% da população.

Considerando todas as faixas etárias, Itatiaiuçu teve 94,80% de cobertura nas 2 doses, 58% em 3 doses e 16,66% em 4 doses. Já em relação à bivalente, disponível para maiores de 18 anos, o município registrou cobertura total de 16,3%. Dos 18 anos aos 60 anos, a imunização não chegou a 20%. Entre 60 e 64 anos a imunização foi de 35,4%; 37,5% de 65 a 69 anos; 56,2% de 70 a 74 anos; e 62,8% de 80 anos ou mais. Já na faixa etária de 75 a 79 anos, a imunização foi de 80%.

Diante desse cenário, o estudo revela que houve uma redução significativa no número de mortes entre crianças e adolescentes desde o início da vacinação contra a doença, o que, segundo a Fundação, pode indicar uma eficácia do imunizante. 

De acordo com o estudo, enquanto 118 crianças e adolescentes de até 14 anos morreram nas oito primeiras semanas epidemiológicas de 2021, foi registrado um total de 48 mortes no mesmo período de 2024.