Cidade já tem 9 casos de dengue
Minas Gerais enfrenta epidemia, com maior número de casos absolutos do país

Parece notícia repetida, mas não é. Os números de casos de dengue aumentam a cada dia e, segundo o secretário de Saúde de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, Minas Gerais enfrenta situação de epidemia de dengue e lidera a quantidade de casos em todo o país.
Conforme dados do último boletim epidemiológico do estado, divulgado na segunda-feira, 27 de março, Minas já registrou 46.619 casos confirmados para a doença e 131.032 casos prováveis. O documento mostra que 15 pessoas faleceram por dengue e 64 óbitos estão em investigação.
Segundo dados do Ministério da Saúde, no mesmo período do ano passado, foram notificados 14.135 casos da doença. Ou seja, o número de casos nos três primeiros meses de 2023 triplicou em relação ao número de casos registrados nos três primeiros meses de 2022.
Com o disparo de casos, Minas é o terceiro estado com maior incidência de confirmados, registrando cerca de 559,7 casos por 100 mil habitantes, ficando para trás apenas do Espírito Santo, com 1.182,5 casos por 100 mil habitantes, e Mato Grosso do Sul, com 594,7 casos por 100 mil habitantes.
Em Itatiaiuçu não é diferente: a cada boletim epidemiológico, se observa um aumento da incidência e, de acordo com o último documento, já são 9 casos confirmados para a doença, o que não ocorria na cidade há alguns anos.
Chikungunya e Zika
Os registros de chikungunya também não são dos melhores. De acordo com o boletim, o estado registra 10.895 casos confirmados e 4 óbitos confirmados de chikungunya. Além disso, são 36.011 casos e 14 óbitos em investigação. Em relação ao zika, são 10 casos confirmados, 164 prováveis e nenhum óbito. Itatiaiuçu não registra nenhum caso para as duas doenças, até o momento.
E a vacina?
No início de março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro de uma nova vacina contra a dengue, a Qdenga (TAK-003), do laboratório japonês Takeda Pharma.
Conforme já divulgado pela FOLHA, a vacina é liberada para pessoas que nunca entraram em contato com o vírus e também para quem já teve a doença.
No entanto, antes de ser incorporado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), conforme aval do Ministério da Saúde, o imunizante precisa ter a autorização da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão responsável por determinar o preço das doses. Além disso, deve ser realizada uma análise sobre a validade de incorporação da vacina, feito pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).