Usiminas reafirma compromisso ambiental
Empresa realiza estudos e ações com foco na preservação ambiental de 70 hectares e manutenção da biodiversidade local
Nas últimas semanas, um assunto que causou polêmica na cidade foi em relação ao Pico da Pedra Grande, localizado entre os municípios de Itatiaiuçu, Igarapé e Mates Leme (Serra Azul). Os rumores são de que o local está correndo risco de intensa atividade mineradora pela Mineração Usiminas, afetando o local. Diante disso, foi protocolado um projeto de lei, que dispõe sobre a proteção do Patrimônio Histórico e Cultural da Pedra Grande para ampliar a preservação do espaço.
A Pedra Grande é conhecida pela sua bela vista e com grande importância regional, sendo um dos destinos mais procurados pelos moradores da região e considerado o principal cartão postal do município.
A reportagem entrou em contato com a Mineração Usiminas para entender a situação do Pico e seu entorno e o trabalho que está sendo feito no local. Atualmente, de acordo com a empresa, a Pedra Grande é um “bem intocável” para a Mineração, que firma um compromisso de preservação ambiental da área. A empresa explicou que há o tombamento de cerca de 6 hectares no Município de Itatiaiuçu e 10 hectares em Igarapé, mas que a empresa garante a preservação para mais de 70 hectares.
A empresa destacou ainda que, apesar de ter o tombamento, que é o instrumento de reconhecimento e proteção do patrimônio cultural e histórico, a Pedra Grande é uma propriedade privada da Usiminas e o cercamento da área é uma das ações previstas para a garantia da preservação.
“A partir dos estudos realizados pela nossa equipe, foi feito o planejamento que permitiu a formação de grandes corredores ecológicos. Além disso, na região é realizado o monitoramento da flora, que reúne características peculiares, com fragmentos de campo rupestre, caracterizados por sua vegetação típica, com influência também da Mata Atlântica e do Cerrado”, afirma a gerente-geral de Sustentabilidade, Marina Magalhães.
Conforme explicado, as pesquisas e monitoramento realizados pela empresa mostram a existência de um conjunto de espécies predominantes, sendo aquelas de maior abundância e que se destacam na paisagem, por exemplo, Gomeira do Cerrado, Barbatimão, Ipê Amarelo, Jacarandá, Tingui Preto, Pequi, Pata de Vaca, Cedro Rosa, Bromélias, entre outras espécies que contribuem para a riqueza biológica dessa região.
“Também monitoramos a fauna, os recursos hídricos, identificamos e estudamos as cavidades, a vegetação e os animais que ficam nas inúmeras cavernas identificadas neste local. Dentro do nosso propósito, criamos um banco espeleológico na Pedra Grande e entorno para contribuirmos com a conservação das espécies e, consequentemente, para a manutenção da biodiversidade”, completa Marina. “Para nós, atuar de forma ambiental e socialmente responsável é um compromisso”, frisa a gestora.
Além disso, em conversa com a reportagem, a empresa destacou que uma das preocupações é em relação à visitação descontrolada que, na maioria das vezes, contribui para a degradação do local. Isso porque, atualmente, o local é utilizado para vias de escalada, pontos de rapel e motociclistas trilheiros e, mesmo com o cercamento, as pessoas invadem o local, não colaboram com a limpeza, sujam e desrespeitam o meio ambiente.
A Usiminas ressaltou que a área de reserva legal da empresa é destinada para contemplação da vista e que um dos objetivos da empresa é a preservação do patrimônio e proteção ambiental, contribuindo para a manutenção da vida por meio da conservação da fauna, flora, das nascentes e cursos d´água e todos os elementos naturais do local.