Município tem mais de 2,9 mil crianças nas escolas

Entre 2023 e 2024, aumento de matrículas chegou a 2,4%. Em comparação com 2019, primeiro ano de pandemia, houve crescimento de 11,8%

Município tem mais de 2,9 mil crianças nas escolas
Foto: Painel do Censo


Os dados do Censo Escolar de 2023, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), na última semana, mostram que vários indicadores estruturantes estão se recuperando e voltando ao patamar da pré-pandemia. 

Um dos dados mais relevantes diz respeito ao crescimento das matrículas em creches e pré-escolas. Depois de uma queda entre 2019 e 2021, o setor das creches voltou a se recuperar e alcançou o recorde de 4,1 milhões de matrículas. Para alcançar o objetivo proposto no Plano Nacional de Educação (PNE), o país precisa atingir 5 milhões de matrículas em 2024, visto que a meta é que 50% da população de até 3 anos esteja matriculada. Já no setor de pré-escolas, a pesquisa mostra aumento de 4,8% em 2023. Há 5,3 milhões de alunos matriculados, ou seja, o país conquistou a universalização do atendimento educacional na faixa etária de 4 e 5 anos, visto que dados do Censo Demográfico apontam 5,4 milhões de crianças nessa faixa etária.

No ensino fundamental, foram registrados 26,1 milhões de matrículas, com 103,8 mil escolas atendendo os anos iniciais (1° ao 5°) e 61,8 mil os anos finais (6° ao 9°). A rede municipal é responsável por 69,5% das matrículas dos anos iniciais, o que representa 86,1% da rede pública; 19,3% frequentam escolas privadas, rede que cresceu 1,1% entre 2022 e 2023. Nos anos finais, a rede municipal atende a 44% dos estudantes e a estadual atende 39,5%; as escolas privadas representam 16,3% dessas matrículas.

No Ensino Médio, foram registradas 7,7 milhões de matrículas em 2023, uma queda de 2,4% em relação a 2022. Conforme divulgado pelo MEC, essa queda era esperada em função do aumento das taxas de aprovação no período da pandemia. 

A rede estadual atende 83,6% dos alunos do ensino médio, o que representa 95,9% do total dos estudantes de escolas públicas; a rede federal participa com 3,1% e a rede privada com 12,8%.

Os dados também mostram que a educação integral está crescendo no Brasil. O Programa Escola em Tempo Integral foi instituído em 2023, cumprindo a meta 6 do Plano Nacional de Educação (PNE).  Em 2023, as matrículas em tempo integral apresentaram um aumento e alcançaram a taxa de 21,9%, percentual próximo da meta do PNE vigente, que é de 25%. Somente no ensino fundamental, houve um aumento de matrículas de tempo integral de 2,2 pontos percentuais (1° ao 5°) e de 3,5 pontos percentuais (6° ao 9°). Já no ensino médio, a tendência de alta se manteve, atingindo 9,9% na rede pública de ensino.

As matrículas na educação de jovens e adultos (EJA) se mantiveram em queda, como ocorre desde 2018. Em 2023, foram registrados 2,5 milhões de estudantes, sendo 2,3 milhões na rede pública e cerca de 200 mil na rede privada.

Cenário em Itatiaiuçu

Desses milhões de estudantes, 2.981 estão matriculados em Itatiaiuçu, divididos em 10 instituições diferentes, sendo 7 para a educação infantil; 12 para o ensino fundamental; 1 para o ensino médio; e 2 para o EJA.

Na educação básica, os dados mostram um total de 2.981 matrículas. Isso representa um crescimento leve de 2,4% entre 2022 e 2023. Considerando o primeiro ano de pandemia, em 2019, quando a cidade registrou o índice mais baixo de matrículas na educação básica desde 2015, houve um aumento de 11,8%. 

Do total de matrículas, 9,90% são do setor de creche (295 matrículas); 11,84% da pré-escola (353 matrículas); 31,57% do ensino fundamental anos iniciais (941 matrículas); 26,33% do ensino fundamental anos finais (785 matrículas); e 17,01% do ensino médio (507 matrículas). Além disso, os dados mostram que 64,3% são da rede municipal e 35,7% da rede estadual.

Um outro dado relevante para o município é o crescimento significativo de matrículas da educação especial, modalidade de educação oferecida preferencialmente para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. Enquanto em 2022 havia 108 matrículas, em 2023 foram registradas 131, o que representa um aumento de 21,29%. Em 2020 houve uma queda de 6,5% em relação ao ano de 2019, mas, desde então, os índices aumentaram, recuperando os 6,5% perdidos em 2021 e mais 11,34% entre 2021 e 2022.

Dos 2.981 estudantes da cidade, a maioria das matrículas são de crianças de 6 a 10 anos, com 971 estudantes no total. Em seguida, os estudantes de 11 a 14 anos, com 762 alunos; de 15 a 17 anos, com 503. Há 269 matrículas de estudantes de até 3 anos; 357 de alunos de 4 e 5 anos. O restante são alunos com mais de 18 anos, que fazem parte do EJA, totalizando 100 matrículas.

As informações do Censo Escolar servem de base para o repasse de recursos do governo federal e para o planejamento e a divulgação das avaliações realizadas pelo Inep, além de ser uma ferramenta fundamental para que os atores educacionais possam compreender a situação educacional.

Docentes

Os dados ainda mostram o total de professores e diretores. Em todo o País, foram contabilizados 2,4 milhões de professores e 161.798 diretores na educação básica em 2023. Quem exerce cargo de direção, em sua maioria, tem formação superior (90,8%) e é mulher (80,6%).

Já em relação à dados locais, a cidade tem 182 docentes, sendo 92,3% do sexo feminino (168 profissionais) e apenas 7,7% do sexo masculino (14 profissionais). Os dados mostram um crescimento, em comparação com os anos anteriores, de professores com pós-graduação. Em 2022, 68% tinham pós-graduação; em 2023 o número passou para 72%. Já em relação à formação continuada, entre 2022 e 2023, os números caíram de 37,3% para 33%.