REPARAÇÃO COLETIVA - Atingidos querem ampla participação popular

Conforme divulgado pela reportagem, os atingidos e atingidas da Plano de Emergência de Barragem de Mineração (PAEBM) da ArcelorMittal participaram, no dia 27 de setembro, da Assembleia Geral para deliberar sobre a execução das medidas de reparação coletiva do Termo de Ajustamento da Conduta (TAC 2).

Segundo divulgado, durante a Assembleia, foi apresentada a proposta de execução das medidas coletivas e uma delas é que a maioria das medidas seja executada por uma Entidade Gestora e que seja criado um comitê de monitoramento com participação do povo e do Ministério Público. O comitê deverá ser composto por representantes das comunidades, representantes do MP e do poder público municipal. Outra proposta é a criação de grupos temáticos com a população atingida por categorias, como saúde e educação, que irão acompanhar a execução das medidas de acordo com as categorias.

“O que estamos discutindo na Assembleia são alguns princípios de execução, que são importantes porque estamos definindo que esse dinheiro conquistado não seja perdido, que tenhamos participação popular e que a nossa lista de medidas de reparação coletiva seja implantada. Que esse dinheiro chegue até os nossos filhos e até a nossa casa”, explicou o um dos atingidos, Márcio Piedade.

“Já demos passos muito importantes na luta e na organização dos atingidos(as), mas a gente sabe que quando começar a executar as medidas para todas as comunidades, vai ser um desafio e vamos precisar de mais gente, mais força e mais capacidade de acompanhar medida por medida”, disse Binho, representante do Movimento de atingidos por Barragem (MAB).

Estavam presentes na Assembleia mais de 180 atingidos e atingidas das comunidades de Vieiras, Lagoa das Flores, Pinheiros e Retiro Colonial. A proposta será encaminhada aos Ministérios Públicos e ArcelorMittal para que as negociações sobre a execução das medidas sejam iniciadas em breve. (Com informações da Aedas)