INVESTIMENTOS - Obras do Gasoduto Centro-Oeste já começaram

Novidade na região, projeto pode gerar mais de 15 mil novos empregos e atrair investimentos. Itaúna e Igarapé serão contempladas

INVESTIMENTOS - Obras do Gasoduto Centro-Oeste já começaram
Foto: Dirceu Aurélio/ Imprensa-MG


O Governo de Minas e a Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) deram início, nesta semana, às obras do Gasoduto Centro-Oeste. As obras irão contemplar as cidades de Betim, Divinópolis, Igarapé, Itaúna, Juatuba, Mateus Leme, São Joaquim de Bicas e Sarzedo. 

Juntos, os oito municípios respondem por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial e 7% do PIB total de Minas Gerais e aproximadamente 1 milhão de habitantes, ou 5% da população do Estado. O início das obras é um passo importante para a economia mineira, visto que a construção do Gasoduto tem potencial para gerar mais de 15 mil novos empregos.

O evento de oficialização das obras foi realizado em Juatuba, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), com a participação do governador Romeu Zema e outras autoridades.

A região Oeste de Minas abriga um importante polo industrial e o Gasoduto representa a implantação de uma infraestrutura de distribuição de gás natural, combustível conhecido pela baixa emissão de poluentes. Conforme divulgado, o investimento na ampliação do Sistema de Distribuição de Gás Natural (SDGN) da Gasmig no estado é calculado em mais de R$ 800 milhões.

“Este projeto contribui enormemente para o desenvolvimento da região, que está crescendo muito, e com essa fonte de energia vai ter condição de crescer ainda mais. Para mim, é muito bom ver que estamos dando mais um passo para o desenvolvimento do estado. Eu não acredito em milagres; acredito em ações conscientes como essa”, afirmou o governador Romeu Zema.

Magnitude

O Gasoduto Centro-Oeste é o maior projeto de expansão no segmento desde 2010. Sua construção vai permitir um aumento de cerca de 300 quilômetros de extensão em linhas do sistema, um acréscimo superior a 23% da malha atual da companhia. O potencial de consumo do projeto é em torno de 230 mil metros cúbicos por dia, com captação estimada em 1 mil novos clientes industriais e comerciais. 

Além disso, os gasodutos serão testados e gaseificados por etapas, possibilitando que o início dos atendimentos aos municípios aconteça antes da conclusão de 100% das obras. Ou seja, na prática, à medida que os trechos forem concluídos, os municípios já poderão se beneficiar do acesso ao insumo.

A obra representa um grande potencial de geração de riquezas para a economia mineira e uma energia mais limpa e barata para consumidores e indústrias de toda a região. O Gasoduto tem potencial de atrair novos investimentos com interesse em utilizar o gás, principalmente, em áreas como metalurgia e siderurgia, o que deve contribuir significativamente para elevar o consumo do combustível na região.

“O Gasoduto Centro-Oeste será mais uma medida catalisadora do desenvolvimento para a população local que repercutirá na economia de todo o estado. De maneira estratégica, a Rede de Distribuição de Gás Natural já está concentrada em municípios que correspondem, atualmente, a mais de 50% da produção industrial de Minas Gerais. Esse também é o caso do projeto que está sendo desenvolvido no Centro-Oeste, região que abriga um importante polo industrial e arranjos produtivos de Minas”, destaca o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), Fernando Passalio.

Mãos à obra 

Ainda conforme divulgado pelo Governo de Minas, a obra começará pela construção da Linha Tronco, dividida em dois lotes de execução simultânea. Em um primeiro momento, haverá frentes de serviço nos municípios de Betim, Mateus Leme e Divinópolis.

De acordo com o presidente da companhia, Gilberto Valle Moura Filho, a construção vai atender, a princípio, a oito municípios. “Contudo, foi dimensionado possibilitando uma expansão futura do Sistema de Distribuição de Gás para o Triângulo Mineiro. Temos a certeza de que estamos no caminho certo e queremos oferecer, aos mineiros, uma matriz energética mais prática, mais segura e mais sustentável”, completa o presidente da Gasmig.