MORTES POR DENGUE - Número é 155% maior do que o de 2022

Cidade tem menos casos confirmados entre julho e agosto. Tendência é de queda geral devido ao avanço do inverno, mas cuidados devem permanecer

MORTES POR DENGUE - Número é 155% maior  do que o de 2022
Foto: Painel SES/MG


Em um intervalo de quase um mês, Minas Gerais registrou 7 novas mortes em decorrência da dengue, elevando o número do ano para 166 óbitos. Esse montante registrado até o dia 9 de agosto representa um aumento de 155% em relação ao número de óbitos registrados durante todo o ano de 2022, que teve um total de 65 mortes. Ou seja, em um semestre, o estado registrou mais que o dobro de mortes registrado no ano anterior.

Conforme o último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES-MG), o estado já registrou 263.406 casos confirmados para a doença; 166 óbitos; e 104 óbitos em investigação. Em relação à febre Chikungunya, já são 63.268 casos positivos; 34 óbitos e 16 em investigação. O número de casos do vírus Zika é menor, com 30 casos confirmados e nenhum óbito pela doença. 

Considerando esse período, Minas teve um aumento de cerca de 5% no número de casos confirmados para a dengue, enquanto no mês anterior (entre junho e julho) o aumento havia sido cerca de 15%. Também é possível apontar uma queda no número de óbitos, visto que entre junho e julho haviam sido registrados 37 novos óbitos por dengue contra os novos 7 óbitos registrados nesse último intervalo.

Em Itatiaiuçu, também é possível apontar um controle no avanço do número de casos (como mostra o gráfico), com aumento de 11,45% de casos confirmados em cerca de três semanas, tendo 26 novos casos. Entre maio e junho, o aumento de casos havia sido de 22%. Com isso, o município totaliza 306 casos prováveis, sendo 253 confirmados e nenhum óbito para a doença. Em relação à Chikungunya, o município tem 1 caso confirmado e 7 em investigação. Não há casos do vírus Zika.

Apesar de a tendência ser de queda no número de casos, devido ao avanço do inverno - período em que a proliferação do mosquito transmissor é menor-, o relaxamento com as medidas de prevenção contra o mosquito Aedes aegypti pode ser aliada para o aumento de casos. É preciso ter cuidado com o acúmulo de água em recipientes, mantendo caixas, ralos e tonéis fechados e higienizados.

De acordo com um Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), divulgado pela Saúde, os principais focos domésticos do mosquito transmissor são depósitos como vasos ou frascos, pratos, bebedouros, materiais em depósito de construção (28,4%); depósitos passíveis de remoção ou proteção, como lixo, sucata e entulho (19,5%); depósitos ao nível do solo (16,6%); depósitos fixos como tanques em obras, calhas, lajes, piscinas e ralos (13,9%); depósitos de água elevados, como caixa d’água e tambores (9,7%); pneus e outros materiais rodantes (7,4%); depósitos naturais, como bromélias, ocos de árvores e rochas (4,6%).