POR UNANIMIDADE - Vereadores rejeitam cassação de Henrique

POR UNANIMIDADE - Vereadores rejeitam cassação de Henrique


Os vereadores de Itatiaiuçu rejeitaram, por unanimidade, o pedido de cassação do vereador Henrique Samuel (MDB) diante da denúncia de assédio sexual registrada no dia 9 de novembro. O caso registrado no Boletim de Ocorrência, já exposto na última edição, foi apresentado durante a reunião para conhecimento de todos os vereadores e presentes no plenário, através das representações realizadas. 

Conforme divulgado na última semana, a vítima registrou a denúncia e um homem, se denominando seu tio, também. Durante a semana, as informações divulgadas geraram repercussão de toda a população, desde os mais idosos até os mais jovens.

O pedido de cassação foi representado pelo Portal Line 7 de Igarapé e pela denunciante, de iniciais M.R.B.S., com idade de 28 anos. Conforme apresentado na reunião, a representação do Portal Line 7 em desfavor do vereador Henrique Samuel (MDB) se deu em razão de “quebra de decoro parlamentar” devido à acusação de importunação sexual e assédio sexual realizada pela jovem. 

A representação da suposta vítima também foi apresentada aos vereadores, contando todo o relato feito à advogada da denunciante sobre o caso. Conforme texto lido, a denunciante, que não mora na cidade, relata à sua advogada que havia marcado uma conversa com o vereador para o pedido de ajuda de emprego por indicação de moradores de Vieiras. 

No relato apresentado à advogada, ela informa que, ao chegar próximo à sede da Câmara, o vereador a reconheceu e ofereceu carona e que, durante o trajeto, ele ficava “olhando para ela”. Ela entrou em seu gabinete e sua assessora parlamentar saiu, deixando-os sozinhos. E, enquanto estava sentada, o vereador começou a fazer as investidas e a assediou. Ainda de acordo com o relato, ele ofereceu novamente carona para a denunciante e, dentro do carro, realizou as tentativas de assédio, colocando a “mão em sua perna” e insinuações. Ela procurou a delegacia logo em seguida e realizou o B.O. Ela acrescenta que o vereador a enviou uma mensagem após o ocorrido, mas que ela não respondeu.

Ainda de acordo com o relato, as informações são de que ninguém a instruiu para denunciar na Ouvidoria e que fez apenas o B.O., e que não conhece nenhum outro político da cidade. Além disso, a jovem afirma que não possui vínculos familiares, que não possui contato com os seus pais e nem tios e que mora sozinha em Belo Horizonte. 

Assim, considerando o B.O. feito à Polícia Militar e a denúncia enviada pelo suposto tio da vítima, os vereadores consideraram as informações divergentes e sem convencimento, sendo rejeitado. Como, por exemplo, o relato de que a denúncia é feita pelo tio e depois que ela não possui vínculos familiares.