ROUBO E INGRATIDÃO - Bandidos assaltam petshop e levam telefones

ROUBO E INGRATIDÃO  - Bandidos assaltam  petshop e levam telefones
Foto: Divulgação/PMMG/9ª Cia. PM Ind.


Após atuar para a recuperação de aparelhos de telefone celular em um assalto e obter êxito, militares recebem como “agradecimento” a reclamação da vítima de que teria que apresentar documentos para reaver os bens roubados. O fato serve para alertar aos cidadãos de que todo e qualquer material apreendido pela PM é entregue documentalmente nas delegacias de polícia e é necessária a comprovação da propriedade para que o bem seja recuperado. O fato se deve, inclusive, à medida de segurança para que não aconteça o desvio do bem. Todo o processo, de apreensão e devolução do bem a seu proprietário deve ser documentado, conforme determina a legislação. É uma questão legal, a que todos estão sujeitos, até mesmo para a segurança das pessoas. Imaginem o que poderia ocorrer se apenas o “reconhecimento” da propriedade, sem a documentação legal, fosse a exigência para a recuperação de um objeto apreendido pela polícia? O policial, ao documentar todo o processo está garantindo a lisura do caso, apenas isto.

O caso ocorrido é o seguinte: uma vítima ligou para a polícia, que compareceu ao local do fato (Praça Antônio Quirino, Centro de Itatiaiuçu), denunciando um assalto. Conforme ela, F.R.O.A., proprietária do estabelecimento, dois homens chegaram ao local e um deles com a mão sob a camisa, aparentando portar uma arma, anunciaram o assalto. Disse a vítima, Farissa Rúbia, que explicou que não tinha dinheiro no local, quando os bandidos exigiram que ela entregasse os aparelhos de telefone celular, o que ela negou fazer. Então eles tomaram os aparelhos, à força e em seguida evadiram em uma moto, vermelha, rumo ao Curtume. Os policiais fizeram consultas ao sistema Olho Vivo e encontraram as imagens dos bandidos, produzindo uma fotografia para a identificação dos assaltantes.

Em seguida, quando já estavam em diligências, receberam a informação de Farissa, de que seu aparelho Iphone 7 estava sendo rastreado. Com ajuda de técnicos, os militares localizaram o sinal em um endereço na cidade de Mateus Leme, e rumaram para o local. Chegando em frente ao imóvel da Rua Municipal, número 70, no Bairro Varginha, em Mateus Leme, os policiais viram que três homens fugiram em direção a uma mata próxima. A proprietária da casa, N.C.A., de 48 anos, mãe de dois dos indivíduos que fugiram, autorizou a entrada dos policiais no imóvel. Dentro da casa eles encontraram uma bucha de maconha e uma carteira de couro, contendo R$ 191. Ao rastrear a rota de fuga dos bandidos, os militares localizaram dois aparelhos de telefone, um preto, Motorola, que foi reconhecido como sendo de propriedade do petshop de Farissa, e outro, LG, dourado, que estava danificado.

Novo rastreio e localização de Iphone

Novamente aconteceu o rastreio do sinal do Iphone de Farissa, que foi localizado e apreendido na cidade de Igarapé, deixado ao lado de uma árvore, próximo a um campinho, localizado no Bairro Planalto Industrial, na Rua Bias Fortes. Com o aparelho apreendido, os policiais encaminharam todos os objetos à Delegacia de Polícia Civil, para ser feita a lavratura do auto que orientará as investigações que poderão culminar com a prisão dos envolvidos, dentre eles os dois filhos de Neide, de Mateus Leme, identificados pelas iniciais E.A.J., 22 e N.A.J., de 28 anos. A proprietária dos telefones foi orientada a procurar a delegacia com a documentação comprovando a propriedade, para fazer a retirada.

Porém, em “agradecimento” ao trabalho exitoso dos militares, eles receberam uma ligação telefônica da vítima reclamando que “ah, mas aí não vai resolver nada, pois preciso pelo menos do chip, uai... o aparelho pra mim não tem interesse... adiantou muito pouco ter achado... agora vou chegar lá, o delegado vai pedir a nota fiscal...”. Não foi feita sequer uma pergunta de como pode ser comprovada a propriedade – que certamente não se faz apenas com a apresentação da nota fiscal de compra. Lamentável a postura.