Itatiaiuçu registra gestão de excelência

Dados são do índice Firjan, que analisou as contas de mais de cinco mil municípios brasileiros em quatro indicadores. Município registrou pontuação máxima em todos

Itatiaiuçu registra  gestão de excelência


A gestão fiscal de Itatiaiuçu foi avaliada positivamente, alcançando índice de “Gestão de Excelência” em todos os indicadores, conforme nova edição do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF). Isso significa que o município teve destaque em relação aos investimentos públicos, gastos com pessoal, capacidade de financiar a estrutura administrativa e ainda de cumprir com as obrigações financeiras no ano de 2024.

A pesquisa analisou as contas de mais de cinco mil municípios brasileiros nos indicadores Autonomia, Gastos com Pessoal, Investimentos e Liquidez. Após a análise de cada um deles, a situação da maioria das cidades é considerada crítica (resultados inferiores a 0,4 ponto), em dificuldade (resultados entre 0,4 e 0,6 ponto), boa (resultados entre 0,6 e 0,8 ponto) ou de excelência (resultados superiores a 0,8 ponto). 

Em todos eles, com pontuação que varia de zero a um, Itatiaiuçu alcançou pontuação máxima. No total, considerando classificação consolidada dos indicadores, apenas 9 municípios mineiros conquistaram nota máxima, sendo, além de Itatiaiuçu, Conceição do Mato Dentro, Congonhas, Ibiá, Nazareno, Nova Lima, Rio Paranaíba, Santa Bárbara e Santa Juliana.

Panorama mineiro

A pesquisa mostra que as cidades mineiras registram boa situação fiscal ao atingirem 0,7024 ponto no estudo, que varia de zero a um. O resultado está 7,5% acima da média nacional (0,6531), onde se destacam 78,8% dos municípios do estado com situação boa ou excelente.

 Ainda assim, 18,7% das prefeituras terminaram o ano em situação fiscal difícil, enquanto 2,5% dos municípios mineiros apresentaram um cenário mais crítico. Belo Horizonte apresentou excelente gestão fiscal em 2024, evidenciada pela nota 0,8052 ponto no IFGF Geral.

De forma geral, no indicador Autonomia, Minas registrou 0,3891 ponto, o pior desempenho entre os quatro indicadores do IFGF e 11,6% abaixo do desempenho médio do país (0,4403). Foram 492 municípios classificados no conceito crítico no indicador. Nesse grupo, a receita gerada por 150 prefeituras (18,2% do total do estado) não é capaz sequer de suprir suas despesas básicas e, portanto, receberam nota zero no indicador. Esse indicador avaliou se as receitas geradas pela atividade econômica local são suficientes para cobrir as despesas essenciais ao funcionamento da administração municipal. 

Já o IFGF Gastos com Pessoal foi a vertente com melhor desempenho no estado mineiro. A pontuação de 0,8450 ponto, sendo 5,7% mais alta que a média nacional (0,7991), reflete uma excelente flexibilidade orçamentária e baixo peso da folha de pagamentos de salários e aposentadorias de servidores.

380 municípios (22,7%) apresentaram nota máxima no indicador, significando que as prefeituras possuem um baixo comprometimento de seu orçamento com despesa de pessoal. Apesar do contexto majoritariamente favorável, 43 cidades comprometeram mais de 54% da receita com gastos de pessoal e terminaram o ano com baixa flexibilidade orçamentária.

 Já no IFGF Liquidez, que avalia se as prefeituras apresentam recursos em caixa para cumprimento das obrigações financeiras de curto prazo, os municípios mineiros apresentaram bom desempenho: 0,7699 ponto. Esse resultado foi 15,1% mais alto que o registrado na média das cidades do país (0,6689). Dessa forma, na média, há um planejamento orçamentário eficiente entre os municípios do estado. Outras 35 prefeituras, com nota zero, encerraram 2024 no “cheque especial”, pois, não possuíam recursos em caixa para cobrir despesas postergadas para o ano seguinte. 

Por fim, o IFGF Investimentos, que mede a parcela da receita destinada aos investimentos públicos, foi o indicador com a segunda maior nota. A pontuação média entre os municípios mineiros foi de 0,8057 ponto, 14,4% acima da média dos municípios brasileiros (0,7043).

474 (57,5%) municípios apresentaram elevado nível de investimento público em 2024, dentre os quais 342 prefeituras ficaram com nota máxima no indicador ao destinarem mais de 12% do orçamento para esse tipo de despesa.