ATINGIDOS DA PAEBM - Consultoria paulista irá apoiar reparação coletiva
Peabiru foi contratada pela Aedas para auxiliar na elaboração de planos populares. Foram realizadas reuniões, estimulando o resgate à memória das comunidades

Com o objetivo de conhecer as comunidades atingidas pelo Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM) da ArcelorMittal, entender o território e investigar suas necessidades, a organização sem fins lucrativos Peabiru passou quase sete dias caminhando pelas ruas das comunidades de Vieiras, Lagoa das Flores e Pinheiros.
Conforme divulgado pela Aedas, a organização de São Paulo foi contratada pela assessoria para trabalhar junto às comunidades atingidas na construção de uma reparação coletiva digna. A consultoria da organização Peabiru irá auxiliar na elaboração dos Planos Populares que envolvem obras, como o centro comunitário, que foi uma das pautas das reuniões.
Durante a visita, algumas famílias atingidas compartilharam suas histórias e sonhos para o futuro. Também foram realizadas duas reuniões ampliadas, uma em Pinheiros e outra em Vieiras.
Durante as reuniões, foi elaborada uma linha do tempo das comunidades resgatando as festas culturais, as tradições e as datas marcantes para as comunidades. De acordo com a Aedas, a linha de tempo foi usada como ferramenta de resgate das tradições e manifestações culturais que vai apoiar a construção do plano popular das medidas de reparação coletiva que envolvam obras e mudanças nas comunidades atingidas.
“A ideia da atividade é juntar as pessoas, se misturando um pouco e a partir disso, construir a memória das comunidades a partir das fotografias”, relatou Caio Santo Amore, da Peabiru.
Ainda durante o encontro, as pessoas atingidas relembraram como era a vida nas comunidades, levaram fotos para contar a história de Itatiaiuçu e narraram momentos importantes para a vida, não só das famílias atingidas, mas para as comunidades. “A memória é importante para conseguir trazer melhorias para a comunidade”, contou o atingido José Roberto, o Zezé, da comunidade de Vieiras.
As pessoas atingidas relembraram como era o antigo centro comunitário, resgatando as festas que aconteciam. “Muita coisa boa acontecia no antigo centro comunitário, como festas de aniversário de crianças, inclusive o aniversário de dois anos da minha neta, festa de 15 anos. Era um espaço muito bom, devemos lutar por um novo lugar como o que tínhamos”, enfatizou o atingido Geraldo. (Com informações da Aedas)