Lucro em alta, produção e venda em queda

Lucro em alta, produção e venda em queda
Divulgação Usiminas

O grupo Usiminas divulgou recentemente o balanço de suas atividades nos três primeiros meses de 2023. De acordo com a empresa, os resultados foram positivos em todas as unidades de negócio. 

Na Mineração Usiminas, em Itatiaiuçu, o EBITDA (sigla em inglês de um indicador utilizado para medir lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), ajustado alcançou R$ 254 milhões nesse primeiro trimestre do ano. No último período de 22, o valor foi de R$ 171 milhões, o que representa uma elevação de 48,2%. A margem EBITDA ajustada foi de 32,4% nos três primeiros meses do ano, ante 21,1% no quarto trimestre de 2022. 

Em relação ao volume de produção, a Mineração Usiminas registrou 1,8 milhão de toneladas, uma redução de 21,4% quando comparado ao quarto trimestre de 2022 (2,3 milhões de toneladas). Segundo a empresa, uma das razões para a queda são os níveis de chuva, registrados no início do ano, além da manutenção preventiva realizadas nas plantas. As vendas foram de 1,9 milhão de toneladas nesse período, valor 21,5% inferior comparado com o último trimestre de 2022 (2,4 milhões).

Total

Na companhia como um todo, a Usiminas registrou um EBITDA Ajustado de R$ 783 milhões. O valor registrado é 35,2% a mais do que o registrado no 4° trimestre de 2022, quando a empresa teve R$ 579 milhões. De acordo com a empresa, a margem EBITDA Ajustada ficou em 10,8%, frente à margem de 7,6% dos últimos três meses do ano passado. Além disso, a Usiminas teve uma melhoria no desempenho operacional e teve lucro líquido de R$ 544 milhões, valor R$ 1,4 bilhão superior ao do trimestre anterior (- R$ 839 milhões).

A empresa também destacou o Caixa e o Equivalente de Caixa da companhia, que atingiu R$ 5,8 bilhões, representando 15,1% a mais que o registrado no último trimestre de 2022, que foi de R$ 5,1 bilhões. Esse número reflete a melhoria na geração de EBITDA, bem como a redução de capital de giro no período.

Já em relação à dívida líquida, o período fechou em R$ 284 milhões, registrando uma queda de 74,9% do trimestre anterior de R$ 1,1 bilhão. De acordo com a empresa, essa queda deve-se, principalmente, ao aumento do caixa da Companhia e ao efeito da variação cambial. Ao final dos primeiros três meses de 2023, o perfil da dívida da empresa era de 3% no curto prazo e 97% no longo prazo, ante 2% e 98% do 4T22.

“Mesmo com um cenário desafiador, alcançamos resultados relevantes no primeiro trimestre do ano, ampliando o EBITDA da companhia. Outro ponto de destaque foi a forte geração de caixa, impulsionada pela estabilidade operacional no período e a redução de capital de giro. São fatos que se tornam ainda mais relevantes ao considerarmos o início, nos próximos dias, da reforma do Alto-Forno 3 da Usina de Ipatinga, nosso maior investimento nesta década e que garantirá a sustentabilidade operacional da unidade pelos próximos 15 a 20 anos”, avalia o presidente da Usiminas, Alberto Ono.