EMPRESA PRESTAR - Terceirizados fazem greve após não receber salário

Na manhã da última quarta-feira, 8, os funcionários terceirizados da Empresa Prestar Service Serviços se reuniram no pátio da Prefeitura, em greve, após não receberem o salário referente a janeiro, cujo prazo era até a última terça-feira, 7, quinto dia útil de fevereiro. 

A Prefeitura se posicionou, através das redes sociais, e esclareceu que “está rigorosamente em dia com os pagamentos devidos à empresa terceirizada Prestar Service Ltda”, e informou também que encaminhou notificação à empresa para que todas as providências necessárias fossem tomadas para resolver o problema. Em resposta, a Prestar divulgou nota, confirmando os repasses mensais regulares feitos pela administração municipal e justificou o atraso com um problema de compensação bancária, dizendo que os pagamentos foram regularizados até o final de quarta-feira.

A paralisação aconteceu após a reunião na Câmara, realizada na última quarta-feira, 2, em que os vereadores se reuniram com os representantes da empresa para apresentar e sanar demandas que haviam sido apresentadas por alguns funcionários na semana anterior. No encontro, segundo informações obtidas pela reportagem, a empresa se comprometeu a solucionar os problemas denunciados pelos servidores, o que parece não ter ocorrido.

Conforme publicado pela FOLHA, a situação enfrentada pelos terceirizados voltou a ser denunciada e discutida na cidade no dia 26 de janeiro, quando os vereadores considerados de oposição Henrique Samuel, Nélio Chaves e Wanderson da Ambulância ouviram mais de 100 servidores, que relataram questões envolvendo pagamento, uniformes, falta de equipamentos de proteção individual (EPIs), cartões de bancos, cobranças indevidas feitas por bancos, falta de membros do município na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, entre outros. Na Policlínica Municipal, também a pedido dos funcionários contratados através da empresa, os vereadores identificaram mais 20 pessoas insatisfeitas.

Demandas 

Depois disso, foi feita a reunião com a Prestar, quando as reclamações feitas pelos servidores foram respondidas pelos representantes aos vereadores. Uma delas era referente à qualidade da Cesta de Alimentos. A empresa informou que houve troca de fornecedor e garante que as novas cestas possuem o selo do INMETRO. A empresa esclareceu também que os uniformes e equipamentos de proteção individual (EPI’s) são disponibilizados de acordo com o contrato licitado e que, caso algum funcionário esteja com a quantidade de material insuficiente, pode entrar em contato com o escritório local. Além disso, explicou que o sapato fornecido é adequado ao exercício da função, mas que irá analisar o pedido de sapato social. Já os funcionários que desejam receber o contracheque físico junto ao pagamento devem ir, com antecedência, ao escritório local. 

Uma outra demanda foi a realização de um “aulão” explicativo a todos os funcionários sobre o banco digital e suas funcionalidades. A empresa disse que irá realizar essa aula e deixa a possibilidade de os funcionários tirarem dúvidas com o responsável da empresa, no escritório local. Ainda em relação às solicitações bancárias, os vereadores sugeriram a redução da taxa do cartão, em razão da cobrança de taxa de transferência no valor de R$15,00, valor esse mais alto que de outros cartões. A empresa afirmou que vai tentar reduzir a tarifa com o banco parceiro.

Ainda conforme discutido na reunião com os edis, a empresa informou que não é de seu interesse o convênio com outras farmácias da cidade e que também não há essa obrigatoriedade. No entanto irá analisar o pedido, a fim de trazer mais conforto aos funcionários. Em relação à irregularidade na eleição da CIPA, a empresa informa que houve a afixação do informativo das eleições no escritório, além de publicação no status do WhatsApp da empresa. 

Já em relação as outras demandas, como a troca da Folha de Ponto por Ponto Eletrônico, a substituição da conta bancária digital por uma que tenha agência física na cidade e adiantamento do pagamento, os representantes explicaram que a possibilidade está em análise. Nos locais em que há poucos funcionários, a Folha de Ponto permanece. 

Outras dúvidas, como na questão do pagamento do adicional de insalubridade e de horas extras, a empresa informou que é feito conforme as normas vigentes, e orienta os funcionários a tirarem suas dúvidas sobre todas as demandas que surgirem com a empresa, em seu escritório, que fica no bairro Robert Kennedy.