Vereador tem carro apreendido

Em blitz no último sábado, veículo de Henrique Samuel foi retido pela PM por falta de documentos

Vereador tem carro apreendido


No último sábado, 18, o vereador Henrique Samuel teve o carro parado e removido em uma blitz por não portar documentos regulares do veículo. O vereador estava dirigindo de maneira irregular desde o ano passado, sem os documentos liberados. 

Procurado pela reportagem, o vereador afirmou que o documento já estava pago e que o problema ocorreu devido a uma multa que não aparecia no sistema digital. Segundo o vereador, ele foi parado pelos policiais em uma blitz de verificação de rotina e consultou a documentação de seu veículo de forma digital, e que mostrou a habilitação em dia. 

“Fizeram a consulta e me disseram que tinha uma multa, porém essa multa não aparece no sistema, assim eu não sabia dela, a multa é de 2018. Dessa forma, não consegui visualizar na carteira digital o documento atual, somente o antigo, mesmo estando tudo pago! Como é o procedimento, levei o carro até o quartel sem transtorno algum. Tive que ir à Polícia Civil e me disseram que a multa era RENAINF [Sistema Registro Nacional de Infrações de Trânsito], por isso não aparecia, somente eles conseguiriam tirar. Assim que tiraram, paguei a multa e liberou o carro”, explicou.

A situação viralizou entre a população da cidade, através de postagens compartilhadas nas redes sociais, visto que o vereador, como autoridade política, deveria ser exemplo para todos. As postagens divulgadas entre o povo afirmam que o vereador teve o carro removido por atraso da emissão do Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV-e), documento de porte obrigatório que permite a circulação do veículo. 

DA REDAÇÃO

No último fim de semana, especificamente no sábado, a Polícia Militar estava fazendo blitz de rotina em alguns pontos da cidade, nós mesmos, ao chegar na cidade com a edição da semana passada do jornal, constatamos uma na Rua XV de Novembro, próximo à Pracinha Tiradentes. A ação da PM é essencial e é com ela que a cidade se resguarda de pessoas desconhecidas que chegam à cidade e podem estar com o veículo irregular ou mesmo podem estar chegando com outras intenções. As blitzes são essenciais, além de transmitir uma sensação de segurança. 

No episódio que envolve o cidadão e vereador Henrique Samuel, a conclusão que se tira é que o vereador está errado, pois, se tivesse buscado imprimir os documentos do veículo no ano passado, teria contatado a multa proveniente de 2018, pois seria impossível emiti-los. Outro fator é que, como vereador, portanto uma autoridade municipal, deveria dar o exemplo, como todos os colegas vereadores também devem dar, assim como as autoridades do Poder Executivo e os ocupantes de cargo de confiança, pois estão investidos em cargos que representam a população. 

Achamos lamentável o ocorrido, como também achamos lamentáveis os excessos em expor o vereador. Mas, por outro lado, conseguimos enxergar que “chumbo trocado no dói...”. Ou seja, se o vereador quer fazer oposição, e tem o direito de fazer, pois estamos em um país onde a liberdade, a democracia e os pensamentos políticos são livres, tem que saber portar em sociedade. E se quer cobrar, questionar e representar o povo, como tem feito, é preciso dar o exemplo, e esse começa por respeitar as leis vigentes, e portar os documentos do veículo em dia é uma das regras, dentre muitas outras. Que sirva de exemplo, pois o vereador é novo, é um itatiaiuçuense apaixonado e quer o bem da cidade e do seu povo. Ele faz um bom trabalho no Legislativo e tem futuro, mas é preciso bom senso, critérios e um olhar amplo. Cobrar é um direito, fazer oposição é opção e “andar na linha” é dever moral. Repetimos: “Chumbo trocado não dói...”.