CASAS POPULARES - Vereadores solicitam avaliação de terrenos

CASAS POPULARES - Vereadores solicitam avaliação de terrenos


Ao contrário do que foi publicado na FOLHA na última edição, ainda não havia sido aprovado, mas apresentado na Câmara, em reunião extraordinária no dia 16, o Projeto de Lei nº 1/2023, que autoriza a Prefeitura de Itatiaiuçu a comprar terrenos para a construção das casas populares que serão construídas pelo Município dentro do programa de consultoria habitacional disponibilizado pela Companhia de Habitação do Estado de Minas Gerais – Cohab/MG.

A votação estava marcada para uma nova reunião extraordinária, na quinta-feira, 26, entretanto foi adiada a pedido da maioria dos vereadores para que fossem solicitados junto à Prefeitura de Itatiaiuçu documentos referentes à avaliação do valor dos terrenos que serão comprados na cidade – localizados em três pontos do município: no loteamento Bem Viver, que fica entre os bairros Robert Kennedy e o São Francisco; em Santa Teresinha; e em Pinheiros.

O motivo do pedido da documentação foi averiguar se o preço dos imóveis, que foram avaliados em R$ 9.606.180,05 no total, estava correto, de acordo com o valor de mercado. Pois, segundo informações obtidas pela reportagem, haveria a suspeita de cobrança extra ao fechar acordo com o Município, com valor acima do que havia sido anunciado anteriormente pelos proprietários no setor de corretoras. 

O pedido de adiamento do projeto foi encabeçado pelos vereadores Nélio Chaves e Henrique Samuel e acompanhado por Wanderson da Ambulância, Roberto da Nazarina, Antônio Zito e Vinícius Rosa. Moisés Cunha foi o único edil presente na reunião que não apoiou o pedido de adiamento – Delci Fio faltou à reunião e Adriana Camargos, que é presidente do Legislativo, só participa caso haja empate.

Entretanto, apesar de não ter acompanhado o pedido dos colegas para adiar a votação, Moisés votou a favor do adiamento quando o pedido foi colocado em apreciação na quinta-feira, assim como Adriana também teria se manifestado favorável.

Dessa forma, os documentos foram solicitados e enviados à Câmara pela prefeitura, e os vereadores tiveram 24 horas para analisar a documentação. Entretanto, apesar de terem feito o trabalho de fiscalizar a avaliação dos lotes, os vereadores aprovaram o projeto sem mudança de valores na sexta-feira, 27.

Nos bastidores o comentário é de que os vereadores queriam registrar que os lotes estariam sendo comprados por preços acima do avaliado no mercado, mas não quiseram impedir o seguimento do projeto das casas populares.