ATENÇÃO PRIMÁRIA - Avaliação dos serviços de saúde para crianças

IBGE pesquisa pela primeira vez a percepção dos pais e responsáveis

ATENÇÃO PRIMÁRIA  - Avaliação dos serviços de saúde para crianças
Crédito Prefeitura de Vinhedo


No segundo trimestre de 2022, o IBGE, em parceria com o Ministério da Saúde, levou a campo pela primeira vez o módulo da PNAD Contínua sobre a Atenção Primária à Saúde Infantil. O questionário foi aplicado aos responsáveis pela saúde das crianças menores de 13 anos de idade que tiveram pelo menos um atendimento na Unidade Básica de Saúde ou Unidade de Saúde Familiar, popularmente chamados de “posto de saúde”, “centro de saúde”, “unidade de saúde da família” etc.

A pesquisa mostrou que 87,1% das crianças menores de 13 anos de idade tinham o pai ou a mãe como responsável pelos cuidados da saúde. Os responsáveis entrevistados atribuíram uma nota ao serviço, com base em algum atendimento recebido nessas unidades nos 12 meses anteriores à entrevista.

O módulo de Atenção Primária à Saúde da PNAD Contínua é uma versão do Primary Care Assessment Tool (PCATool), instrumento internacional de pesquisa, utilizado por diversos países e validado pelo Ministério da Saúde no Brasil. Neste módulo, são avaliados alguns atributos da Atenção Primária à Saúde para pacientes menores de 13 anos de idade, com escores de avaliação variando de 0 a 10.

Os atributos essenciais avaliados por este módulo da PNAD Contínua foram: facilidade de acesso no primeiro contato; longitudinalidade, isto é, regularidade do serviço de saúde ao longo do tempo e relação humanizada entre equipe de saúde e pacientes; coordenação, ou seja, continuidade da atenção, com reconhecimento dos problemas que requerem acompanhamento constante; e integralidade, atendendo às necessidades mais comuns da população, incluindo a oferta de planejamento familiar ou métodos anticoncepcionais, suplementação nutricional, aconselhamento psicológico ou de saúde mental. Já os atributos derivados avaliados pela pesquisa foram: orientação familiar e orientação comunitária.

Em 2022, o Brasil tinha 38 milhões de crianças menores de 13 anos de idade em sua população e 82,9% destas crianças (ou 31,5 milhões) foram atendidas por algum dos serviços de atenção primária à saúde no período de referência da pesquisa. Cerca de 47,6% dos responsáveis pelas crianças atendidas deram nota 9 ou 10, numa escala onde “0” é não recomendaria o serviço e “10” com certeza recomendaria.

Unidades básicas 

A pesquisa também mostra que cerca de 75% das crianças de menos de 13 anos do país (28,4 milhões) realizaram uma consulta médica nos últimos 12 meses anteriores à data da entrevista, proporção que foi menor no Norte (66,6%) e no Nordeste (71,8%).

No país, a maior parte (46,1%) buscou por atendimento em Unidades Básicas ou Unidades de Saúde da Família, índice que foi maior no Norte (58,1%) e no Nordeste (51,1%). Já 29,3% procuraram atendimentos particulares (consultórios, clínicas e hospitais), com diferenças regionais marcantes no Norte (20,2%) e no Sudeste (36,5%). Por fim, 20,3% compareceram às unidades de pronto-atendimento de hospitais públicos ou ligados às forças armadas.

(Com informações do IBGE)